A educação vem de berço

Muitos de nós, pais e mães, temos uma grande preocupação com a influência que nossos filhos recebem quando estão fora de casa. Se vão à casa de um colega de escola, por exemplo, dúvidas imediatas surgem em nosso pensamento: como são os pais dessa outra criança? O que eles fazem? Que tipo de educação dão aos filhos? São liberais ou conservadores? Enfim, inúmeros questionamentos nos acometem, pois acreditamos que realmente temos condição de impedir que nossos filhos tenham contato com tudo e todos que possam destoar da educação que lhes demos até agora. Será? Eu, particularmente, gostaria muito que isso fosse possível. Com os meus olhos e ouvidos de supermãe blindaria meu filho adolescente de qualquer interferência negativa que o mundo ao seu redor pudesse lhe oferecer e, ufa!!!, estaria tudo resolvido. Que bom seria, não é mesmo?

Infelizmente, venho aqui lhes dizer que isso não é possível. Que não temos poderes de supermãe ou superpai por mais que nos esforcemos. Podemos até ser muito bons nesses papéis, mas daí a dizer que conseguiremos neutralizar as ações do meio sobre os nossos filhos vai uma longa distância. Então, o que fazer? Como fazê-los discernir entre o certo e o errado,  especialmente quando não estiverem na nossa presença?

O que temos nas mãos e podemos contar como nossa maior aliada é a educação que passamos aos nossos filhos desde a mais tenra idade, desde o berço. Aquilo que demonstramos ser o certo e o justo. O respeito pelo próximo e pelo diferente. O respeito por pai e mãe. A crença num mundo melhor e que vale a pena ser vivido.

Acreditando na força dessa educação e assumindo que somos nós, pais e mães os maiores responsáveis pela formação dos nossos filhos certamente, na nossa ausência, eles saberão reproduzir aquilo que lhes foi transmitido.

É exatamente isso que fará com que lá na frente eles sigam o melhor caminho mesmo quando o pior também for uma opção.

 

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